quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Lição de Economia - 2

Amigos,

Retomo a publicação no blog http://realrepublicataitiana.blogspot.com/ da minha magistral “Lição de Economia”, agora com parte do 2º Capítulo - “Breve História da Economia”.


Capítulo 2 – Breve História da Economia
A Ciência Económica esteve, desde sempre, ligada à actividade humana.
Com efeito, apesar de por aí proliferarem alguns dinossauros humanos, normalmente ligados à política, que mexem, normalmente mal, na Economia, não está provado cientificamente que os dinossauros repteis, que tiveram enorme sucesso e dominaram a vida na Terra durante 250 milhões de anos, tenham estudado ou praticado a Ciência Económica e Financeira.
A Arqueologia identificou já dinossauros com comportamentos muito próximos dos magnatas financeiros modernos (por exemplo: Tyrannus Saurio Rex, comia tudo e não deixava nada), mas não conseguiu provar que este sabia gerir nem que qualquer outro dinossauro fosse formado em Económicas. A dificuldade da prova é que, a saberem fazê-lo, teriam passado aos filhos, sobrinhos e amantes as técnicas e as fortunas e não teriam sido extintos, obviamente, há 65 milhões de anos.
Vamos, pois, centrar a nossa análise na Economia Humana, dividindo-a nos diversos períodos evolutivos.

a) Pré-história Antiga como o Caraças (3 milhões de anos A.C. a 100 mil anos A.C.)
Abrange o período de evolução humana desde os Australopitecos (faziam umas macacadas), Homo Habilis (movimentava-se um pouco melhor que um mamute numa loja de porcelanas) e Homo Erectus (que mantinha a erecção. Recordo que a esperança de vida era de 32 anos). Neste período:
- a economia é de subsistência (recolecção de raízes, caça, etc.) efectuada por pequenos grupos;
- não há, ainda, a necessidade prática de trocas de bens;
- ninguém sabe o que é o dinheiro;

Para vos provar estes factos, recorro a um diálogo improvável entre um australopiteco e uma improvável e simpática funcionária bancária, numa improvável agência bancária:

- Bom dia. Chamo-me Manel Australopiteco e venho a pedir um empréstimo de 10 mamutes para fazer umas obras na minha gruta, que os tigres dentes-de-sabre andam a arranhar-me a porta.
- Muito bem. Estamos aqui para o servir. Tem aí os documentos da gruta?
- Não, minha senhora. As Conservatórias ainda não foram inventadas!
- Bem, isso não ajuda mas poderemos ver. Já financiámos tantas coisas ilegais que não será por isso. Tem um recibo da EDP ou da Lisboagás para provar a morada?
- Não, minha senhora. Ainda não se domina o uso do fogo e dos combustíveis.
- Bem assim é difícil mas também podemos ultrapassar. Podemos pôr um segurança à porta da sua gruta, a propriedade é sua, com registo de hipoteca ao banco mas não a poderá utilizar por falta de licença de habitação. O senhor Australopiteco paga os emolumentos e as respectivas comissões bancárias e tudo se resolve. Tem seguro de vida?
- Não.
- Pois é, isso é uma dificuldade. Mas também se resolve. Compreende, o senhor anda a quatro patas, o que lhe dá um enorme problema de coluna e as seguradoras não seguram esse risco porque a sua esperança de vida é inferior à de um mamute. Mas nós estamos cá para o ajudar: o senhor faz um seguro de vida, com um custo de 45 mamutes por ano mais as respectivas comissões de serviço, cobrança e risco, e tem o seu problema resolvido. Claro que tem de pagar previamente o IMT e o IMI e declarar no IRS.

(interrompo aqui o improvável diálogo: o Manel Australopiteco perde as estribeiras e à falta de Vallium, que ainda não foi inventado, dá duas mocadas na simpática funcionária e arrasta-a pelos cabelos para a sua gruta, com pensamentos libidinosos, para ser ressarcido de prejuízos morais).

Em conclusão, esta sociedade não está ainda preparada para a Economia Moderna!

b) Pré-história muito, muito Antiga (100 mil anos A.C. a 5 mil anos A.C.)
Abrange o período de evolução humana dos Homo Neardenthal, Homo Cro-Magnon e quejandos, na Europa e na China. Neste período,
- há algumas semelhanças com a economia actual (emigração clandestina da África para a Europa, especialmente França, Espanha, Amadora e Loures;
- nota-se ausência ou incipiência de americanos (daí a crença da senhora candidata a vice presidente dos Estados Unidos, senhora Palin, no creacionismo bíblico – o Mundo começou apenas em 5623 A.C. quando um oleiro chamado Deus moldou Adão e Eva;
- começa a desenvolver-se a industria da moda, com as primeiras roupas feitas de peles de animais. Duas teorias estão actualmente em debate: protecção contra o frio da época glaciar; ou: censura creacionista proibindo a mostra das partes púbicas, o que poderá vir a provar que os americanos, ainda incipientes, já metiam o dedo no resto do mundo e que os antepassados dos Cabos de Mar da Marinha Portuguesa já estavam em actividade nas praias pré-históricas do Algarve;
- as populações tendem a fixar-se e a desenvolverem culturas agrícolas, surgindo a necessidade de trocas comerciais (estupidamente produzi mais cenouras do que precisava, tu tens burros, troco cenouras por leite de burra para os meus filhos, porque a burra da minha mulher deixou secar os peitos);
- surge, igualmente, a necessidade de valorizar os produtos quando o vizinho do lado não tem burros, aparecendo formas rudimentares de dinheiro, através de artigos de uso geral (artefactos, facas de sílex – primeira forma de contrabando de armas – sal, peles, etc.);
- aparecem as primeiras formas de arte com as pinturas rupestres em grutas representando cenas de caça e domésticas; Neste domínio, aparecem, também, os primeiros grafitis de protesto contra a exploração. Numa gruta descoberta na Quinta da Marinha foi encontrada um desenho de um boi com vários símbolos figurativos que, finalmente, foram interpretados pelos especialistas e que dizem: “aquele cornudo filho da mãe levou-me quatro peles e não me deu as cenouras, ameaçando despedir-me de pedreiro da sua gruta se reclamasse”;
- embora ainda não provado, é provável que tenham aparecido as primeiras formas musicais de “hip-hop”, a avaliar por inscrições figurativas descobertas numa anta na Amadora que os especialistas traduziram por:
“Ó meu,
pum, pum, pum,
Tás-me a lixar e eu a ver,
pum, pum, pum,
Lá por eu ser Neardenthal,
pum, pum, pum,
E pensares que és o tal,
pum, pum, pum,
Não me podes tratar mal,
pum, pum, pum,
Sacana de Cro-Magnon,
pum, pum, pum,
Eu faço-te um arraston, a)
pum, pum, pum,
Que te mando pró Hospital.
pum, pum, pum,


a) Nota do autor: pronúncia da época

Em conclusão, esta sociedade não está ainda preparada para a Economia Moderna mas caminha para lá a passos largos! Está é ainda longe da boa música africana e cabo-verdiana actual!

Amigos,
Não percam o próximo episódio que terminará o Capítulo da História da Economia!
É importante que percebam a lições do passado que os professores do futuro não merecem confiança!
Francisco Costa Duarte

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