Dois apontamentos sobre a actualidade televisiva/política/social do país, que vi, mal (já tenho que me esforçar para a ver bem dada a minha falta de paciência para abanar a cabeça positivamente à descoberta da pólvora, que os chineses descobriram há séculos sem irem à televisão ganharem o seus minutos de fama):
1º apontamento: entrevista de Judite de Sousa ao governador do Banco de Portugal, Vítor Constâncio. Fico, sempre, muito desconfiado quando se “persegue” o polícia e não o “ladrão”, salvaguardando as devidas distâncias. Querem exemplos? Apito Dourado, Casa Pia, peculato em Câmaras Municipais, “coitados dos assaltantes do BES, malandros dos snipers da PSP” que dispararam, digo eu, obedecendo a ordens e fazendo o que tinham de fazer. Se os assaltantes tivessem morto os refens os nossos entrevistadores diriam exactamente o contrário!
A agressividade da entrevistadora, desculpando-se, sempre, como o Calimero, com a falta de tempo, parece-me fácil de resolver por uma subdirectora da informação da RTP: basta dar menos importância informativa às “estórias treta” dos telejornais, menos tempo às telenovelas cretinas e menos publicidade repetitiva que estamos fartos de receber na caixa do correio e terá todo o tempo para aprofundar os assuntos verdadeiramente importantes. Assim, provoca-me sempre uma sensação, se calhar injusta, de branqueamento das situações: sem prejuízo das suas próprias responsabilidades, era Constâncio que estava no BPN? Não, era Oliveira e Costa. Judite de Sousa poderá estar a ajudar, mesmo sem querer, futuros casos judiciais inconclusivos e desprestigiantes como os acima citados! Corrijam-me se estiver a ver mal!
2º apontamento: o programa Prós e Contras. Confirmou-me o que de essencial penso e que expressei em opinião que vos mandei há pouco tempo e que publiquei no nosso blog http://realrepublicataitiana.blogspot.com/. Mas também me confirmou que, ao contrário de alguns egos mediáticos, há pessoas razoáveis que entendem que uma QUALQUER avaliação de desempenho é absolutamente necessária, mas que, também, ainda estamos na Escola Primária na discussão do assunto. Querem exemplos práticos? Algum dos corporativos envolvidos acreditará que todos os empregados de uma grande empresa chegarão a Director Geral? Ou que todos os militantes do PCP chegarão ao Comité Central? E como chegarão a estes lugares os que chegarem? Escolhidos por cunha, por “baterem mais o pé”, ou por avaliação do mérito, por mais idiota que seja a avaliação? Ou ainda acreditam que podem sentar-se à espera que o tempo passe, para chegarem todos, os prováveis e os absolutamente improváveis ao topo da carreira? Ou, os que estão do lado contrário, ainda acreditam que, no Século XXI, é possível impor por decreto, regras não naturais, na Física e na Sociologia? Não precisam de me responder, esperem pelas consequências sobre as suas próprias cabeças! Infelizmente já depois de prejudicarem terceiros (alunos, futuro, etc). Corrijam-me se estiver a ver mal!
Francisco Costa Duarte
BI 1078780
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