Normalmente, procuro não reagir a quente mas desta vez tem de ser (e com isto estou a atrasar o meu jantar, vejam como considero importante para mim e para a Nação).
O Sr. Presidente da República, Cavaco Silva, (se eu tivesse a educação do Sr. Alberto João Jardim diria o Sr. Silva) deixou os portugueses em suspenso todo um dia, contra o seu hábito, anunciando uma intervenção excepcional e importante, nas Tv´s, à hora dos Telejornais, caindo ao nível de um qualquer Director de Marketing partidário.
E que veio dizer o Sr. Presidente da República aos portugueses? Veio mostrar-se preocupado pelo desemprego, pelas dificuldades dos portugueses em pagarem a casa que lhe venderam especulativamente, pela insegurança que a população sente, pela impunidade de crimes económicos e de posse de armas, pelos lucros especulativos dos bancos e das petrolíferas, pelo pessimismo e derrotismo que os portugueses mostram? Não!
O que o Sr. Presidente da República veio dizer é que é o galo e lhe invadiram o galinheiro! Senão vejamos, se não estou enganado:
- o estatuto dos Açores foi aprovado pela Assembleia da República por unanimidade por todos os partidos, coisa rara;
- o Sr. Presidente da República teve dúvidas, legítimas, em 13 das normas e remeteu o estatuto ao Tribunal Constitucional;
- este deu-lhe razão em 8 das 13 normas duvidosas e os diversos partidos comunicaram aos portugueses que estavam disponíveis para rever os eventuais “erros” constitucionais;
- ao fazer todo este aparato o Sr. Presidente da República disse-me que o que é importante são as coisas formais do seu galinheiro e não as dificuldades que os portugueses pobres e remediados passam; e
- que não devo acreditar nas instituições democráticas, sejam quais forem; É uma boa e didáctica orientação da primeira figura do Estado!
O que me preocupa não é a opinião do Sr. Presidente, que é legítima, mesma que ache idiota a forma de a expressar! O que me preocupa é que nos próximos dias vou ser bombardeado pelos comentários dos doutos comentadores da Comunicação Social! Para manter a minha sanidade mental, vou enfiar algodão nos ouvidos! O meu conselho é que façam o mesmo!
E, já agora, passar a considerar o Sr. Presidente da República o nosso galo do galinheiro, numa figura próxima do filme "A Revolta das Galinhas", que vos aconselho a rever, descontraídamente, neste período de férias.
Francisco Costa Duarte
quinta-feira, 31 de julho de 2008
segunda-feira, 21 de julho de 2008
Os Automóveis Electricos
Jaime e Arnaldo,
A propósito de um ficheiro, mostrando a destruição em massa de automóveis electricos pelos respectivos construtores, que o Taitiano Arnaldo e o meu amigo Jaime me enviaram, resolvi fazer uma investigaçãozinha porque me fazia cócegas um construtor automóvel como, por exemplo, a Toyota, destruir um seu produto com êxito e futuro. É isso que venho partilhar convosco.
Um pouco de história.
1 - os motores eléctricos nunca foram o problema: é uma tecnologia dominada desde o fim do Século 19. Os comboios andam com motores eléctricos, mesmo os Diesel, cujo motor produz a energia eléctrica; os velhos eléctricos de Lisboa tinham motores de 80 KW; até o maior barco do Mundo, o Queen Mary II, tem motores eléctricos, com o Diesel a produzir a electricidade e nos anos 30 havia automóveis eléctricos que faziam velocidades de 160 km/hora.
2 – O problema sempre foi o armazenamento, isto é, as baterias. Lembram-se das velhas baterias da Tudor, pretas e cheias de água destilada com ácido sulfúrico diluído? Há, pelo menos, duas ou três dezenas de ex-colegas meus da Lucas que sabem, melhor do que eu, do que estou a falar. Nos velhos Carochas, como a minha velha “fourgonette” de campismo, com bateria de 6 volts, era uma aventura andar de noite muito tempo porque o consumo adicional dos faróis “limpava” a bateria! Até as vulgares pilhas pequeninas e redondinhas eram ácidas e babavam-se, estragando-nos os radiozinhos que então tínhamos para ouvir os relatos de futebol.
3 – Mas a conquista do espaço, os telemóveis, os Pc portáteis, precisavam de melhores baterias (não estou a ver ninguém a falar ao telemóvel com 20 kg. de baterias às costas!). A melhoria inventada pelo Sr. Oshitani da Yuasa japonesa e desenvolvida pela Philips e CNRS francesa nos anos 70, permitiu ainda mais melhorias pelo Sr. Ovshinsky, professor da Universidade de Stanford e fundador da empresa Ovonics que em 1986 patenteou as baterias NiMh (nickel metal hybride), de muito melhor performance. Eram aquelas baterias que vinham nos nossos primeiros telemóveis e que davam o “bafo” depois de algumas cargas. Lembro-me dos vendedores da Lucas, que punham nos kits dos carros para carregarem e se queixavam que a bateria dava o bafo ao fim de três meses! A Ovonics vendeu a patente à General Motors para desenvolvimento e daí surgirem os carros que vêm no ficheiro (o EV1 da GM, o Nissan Hypermini, a Toyota RAV4-EV).
4 – O problema reportado no ficheiro começa em 2002 quando a GM com problemas de rentabilidade para os seus accionistas e naquela lógica bolsista tipicamente capitalista (onde é que eu já vi isto?), vende as patentes à Chevron, antiga Texaco, apenas a maior empresa petrolífera do mundo! Obviamente a Chevron proibiu a Toyota, a GM e a Nissan de usarem as baterias para desenvolvimento de automóveis eléctricos! Daí as destruições, os movimentos de protesto de muitas entidades e particulares americanos, alguns deles com certo peso mediático como Schwartzenegger ou Howard Stein.
5 – Hoje já estamos noutra: as baterias de lítio, Li-ion, que equipa os telemóveis ou portáteis actuais, têm o dobro da capacidade para o mesmo peso e têm um limite muito mais alargado quanto ao número de cargas, comparadas com as NiMh. É esta a aposta da Renault/Nissan, da Volvo, da Ford e de outros construtores automóveis que têm os seus interesses e não estão dispostos a ficarem prisioneiros dos interesses dos petróleos do Sr. Bush e companhia.
6 – A este projecto juntou-se o israelita que acrescentou a ideia lógica: as estações de serviço para carregamento e/ou aluguer de baterias. É sempre mais barato usar a electricidade pelo cabo que já têm do que levar de camião, todos os dias, milhares de litros de gasolina para abastecer os depósitos de armazenamento, às vezes debaixo de prédios de habitação, com os perigos inerentes. Em Portugal é visível esta luta pelo controlo da energia entre a EDP e a GALP, para ver qual delas vai ter o privilégio de nos explorar mais no futuro. Foi a este projecto Renault/israelita que o Sócrates aderiu, com a Dinamarca e Israel, na fase experimental. E acho que, desta vez, terá feito bem (até os relógios parados estão certos duas vezes por dia).
7 – A minha dúvida é se a Renault está na primeira linha! A performance e datas anunciadas estão, aparentemente, atrás de, por exemplo, da Tesla Motors americana. Vejam, por exemplo, o site www.teslamotors.com e babem-se com o carro proposto. Só têm de preparar os € 100000 que ele custa.
A propósito de um ficheiro, mostrando a destruição em massa de automóveis electricos pelos respectivos construtores, que o Taitiano Arnaldo e o meu amigo Jaime me enviaram, resolvi fazer uma investigaçãozinha porque me fazia cócegas um construtor automóvel como, por exemplo, a Toyota, destruir um seu produto com êxito e futuro. É isso que venho partilhar convosco.
Um pouco de história.
1 - os motores eléctricos nunca foram o problema: é uma tecnologia dominada desde o fim do Século 19. Os comboios andam com motores eléctricos, mesmo os Diesel, cujo motor produz a energia eléctrica; os velhos eléctricos de Lisboa tinham motores de 80 KW; até o maior barco do Mundo, o Queen Mary II, tem motores eléctricos, com o Diesel a produzir a electricidade e nos anos 30 havia automóveis eléctricos que faziam velocidades de 160 km/hora.
2 – O problema sempre foi o armazenamento, isto é, as baterias. Lembram-se das velhas baterias da Tudor, pretas e cheias de água destilada com ácido sulfúrico diluído? Há, pelo menos, duas ou três dezenas de ex-colegas meus da Lucas que sabem, melhor do que eu, do que estou a falar. Nos velhos Carochas, como a minha velha “fourgonette” de campismo, com bateria de 6 volts, era uma aventura andar de noite muito tempo porque o consumo adicional dos faróis “limpava” a bateria! Até as vulgares pilhas pequeninas e redondinhas eram ácidas e babavam-se, estragando-nos os radiozinhos que então tínhamos para ouvir os relatos de futebol.
3 – Mas a conquista do espaço, os telemóveis, os Pc portáteis, precisavam de melhores baterias (não estou a ver ninguém a falar ao telemóvel com 20 kg. de baterias às costas!). A melhoria inventada pelo Sr. Oshitani da Yuasa japonesa e desenvolvida pela Philips e CNRS francesa nos anos 70, permitiu ainda mais melhorias pelo Sr. Ovshinsky, professor da Universidade de Stanford e fundador da empresa Ovonics que em 1986 patenteou as baterias NiMh (nickel metal hybride), de muito melhor performance. Eram aquelas baterias que vinham nos nossos primeiros telemóveis e que davam o “bafo” depois de algumas cargas. Lembro-me dos vendedores da Lucas, que punham nos kits dos carros para carregarem e se queixavam que a bateria dava o bafo ao fim de três meses! A Ovonics vendeu a patente à General Motors para desenvolvimento e daí surgirem os carros que vêm no ficheiro (o EV1 da GM, o Nissan Hypermini, a Toyota RAV4-EV).
4 – O problema reportado no ficheiro começa em 2002 quando a GM com problemas de rentabilidade para os seus accionistas e naquela lógica bolsista tipicamente capitalista (onde é que eu já vi isto?), vende as patentes à Chevron, antiga Texaco, apenas a maior empresa petrolífera do mundo! Obviamente a Chevron proibiu a Toyota, a GM e a Nissan de usarem as baterias para desenvolvimento de automóveis eléctricos! Daí as destruições, os movimentos de protesto de muitas entidades e particulares americanos, alguns deles com certo peso mediático como Schwartzenegger ou Howard Stein.
5 – Hoje já estamos noutra: as baterias de lítio, Li-ion, que equipa os telemóveis ou portáteis actuais, têm o dobro da capacidade para o mesmo peso e têm um limite muito mais alargado quanto ao número de cargas, comparadas com as NiMh. É esta a aposta da Renault/Nissan, da Volvo, da Ford e de outros construtores automóveis que têm os seus interesses e não estão dispostos a ficarem prisioneiros dos interesses dos petróleos do Sr. Bush e companhia.
6 – A este projecto juntou-se o israelita que acrescentou a ideia lógica: as estações de serviço para carregamento e/ou aluguer de baterias. É sempre mais barato usar a electricidade pelo cabo que já têm do que levar de camião, todos os dias, milhares de litros de gasolina para abastecer os depósitos de armazenamento, às vezes debaixo de prédios de habitação, com os perigos inerentes. Em Portugal é visível esta luta pelo controlo da energia entre a EDP e a GALP, para ver qual delas vai ter o privilégio de nos explorar mais no futuro. Foi a este projecto Renault/israelita que o Sócrates aderiu, com a Dinamarca e Israel, na fase experimental. E acho que, desta vez, terá feito bem (até os relógios parados estão certos duas vezes por dia).
7 – A minha dúvida é se a Renault está na primeira linha! A performance e datas anunciadas estão, aparentemente, atrás de, por exemplo, da Tesla Motors americana. Vejam, por exemplo, o site www.teslamotors.com e babem-se com o carro proposto. Só têm de preparar os € 100000 que ele custa.
segunda-feira, 14 de julho de 2008
Estória Taitiana com o Artur Margalho
Ao receber um e-mail do nosso amigo Artur, lembrei-me de uma estória taitiana com o dito, que eu, como sabem, sou um chato provocador e de boa memória.
Conheço o Artur, tal como os outros taitianos e afins, há muitos anos (aliás, creio que o taitiano que conheço há menos tempo é a minha filha Mafalda). Então, há muitos, muitos anos, o Artur estudava na Faculdade de Letras e trabalhava na Lusa (creio que, na altura, se chamava ANOP).
O Artur já era, na época, um homem informado e o seu trabalho era, principalmente, traduzir e adaptar pequenas mas importantes notícias, do género “A senhora Margaret Whitehouse, de 83 anos, deixou, por pequeno descuido, cair o seu gato, de nome Pussycat, de 3 anos e meio, do 7º andar da sua habitação, em Shirley, West Midlands. A referida senhora contou ao Daily Mirror que o seu querido gatinho, depois de várias manobras acrobáticas, aterrou na via pública nas suas quatro patas, saindo ileso do triste incidente. A senhora Whitehouse, no entanto, mostrou a sua estranheza por o gato, actualmente, não a deixar aproximar-se a menos de 10 metros, miando ameaçadoramente, arquendo o dorso com o pelo em pé e mostrando as lindas unhas das suas patas, concluindo que isso se deverá a querer repetir a experiência a partir do 12º andar, para mais adrenalina”.
A Lusa, com muito lucro, vendia estas notícias aos jornais para estes taparem os buracos em branco na composição do jornal motivados pelos cortes da Censura.
Já imaginaram o que seria hoje um investigador, ao ler os jornais da época, encontrar buracos em branco na capa do jornal? Concluiria, porque já nem sabe que havia Censura, que se tratava de incúria e incompetência dos jornalistas de então! E isto só não acontece devido ao trabalho abnegado e competente do nosso Artur! Só por isto o Artur merecia um busto no Sindicato dos Jornalistas!
Há imensas injustiças na História da Humanidade. Por exemplo: toda a gente fala do Requiem de Mozart, que não o completou – embora por uma boa razão, morreu antes - tendo sido um seu discípulo que o terminou. No entanto, ninguém sabe, nem eu, o nome desse discípulo!
É essa a razão deste texto e a moral da estória: o mérito de terem um bom aspecto gráfico e estético e darem boa informação, em vez de brancas, não é dos jornais! É do nosso Artur! Aqui fica o meu testemunho para repor a verdade e ficar para memória futura!
Francisco Costa Duarte
Conheço o Artur, tal como os outros taitianos e afins, há muitos anos (aliás, creio que o taitiano que conheço há menos tempo é a minha filha Mafalda). Então, há muitos, muitos anos, o Artur estudava na Faculdade de Letras e trabalhava na Lusa (creio que, na altura, se chamava ANOP).
O Artur já era, na época, um homem informado e o seu trabalho era, principalmente, traduzir e adaptar pequenas mas importantes notícias, do género “A senhora Margaret Whitehouse, de 83 anos, deixou, por pequeno descuido, cair o seu gato, de nome Pussycat, de 3 anos e meio, do 7º andar da sua habitação, em Shirley, West Midlands. A referida senhora contou ao Daily Mirror que o seu querido gatinho, depois de várias manobras acrobáticas, aterrou na via pública nas suas quatro patas, saindo ileso do triste incidente. A senhora Whitehouse, no entanto, mostrou a sua estranheza por o gato, actualmente, não a deixar aproximar-se a menos de 10 metros, miando ameaçadoramente, arquendo o dorso com o pelo em pé e mostrando as lindas unhas das suas patas, concluindo que isso se deverá a querer repetir a experiência a partir do 12º andar, para mais adrenalina”.
A Lusa, com muito lucro, vendia estas notícias aos jornais para estes taparem os buracos em branco na composição do jornal motivados pelos cortes da Censura.
Já imaginaram o que seria hoje um investigador, ao ler os jornais da época, encontrar buracos em branco na capa do jornal? Concluiria, porque já nem sabe que havia Censura, que se tratava de incúria e incompetência dos jornalistas de então! E isto só não acontece devido ao trabalho abnegado e competente do nosso Artur! Só por isto o Artur merecia um busto no Sindicato dos Jornalistas!
Há imensas injustiças na História da Humanidade. Por exemplo: toda a gente fala do Requiem de Mozart, que não o completou – embora por uma boa razão, morreu antes - tendo sido um seu discípulo que o terminou. No entanto, ninguém sabe, nem eu, o nome desse discípulo!
É essa a razão deste texto e a moral da estória: o mérito de terem um bom aspecto gráfico e estético e darem boa informação, em vez de brancas, não é dos jornais! É do nosso Artur! Aqui fica o meu testemunho para repor a verdade e ficar para memória futura!
Francisco Costa Duarte
Primeiro os cães, depois os carros e ... as pessoas
No reino/república em que vivemos, o governo decidiu primeiro avançar com a ideia de todos termos um único cartão de identificação, juntando num só pedaço de plástico os dados até então existentes em cinco cartões. Só vantagens, só vantagens, disseram os do Governo.
Há semanas, a decisão foi colocar uns "chips" nos cães, para que os fiéis amigos do homem pudessem facilmente ser localizados, caso se perdessem ou caso fossem abandonados.
Como a ideia até colheu uns aplausos, aproveitou-se a época estival para dar mais um passo em frente: dotar os carros de uns "chips" (devem ser os mesmos, para aproveitar sinergias ou a globalização!) para verificar se têm seguro e se foram à inspecção. Mais aplausos, até do ACP (estou a pensar em desistir de sócio!), embora algumas vozes tenham alertado para o perigo (inexistente, claro, para o Governo, e seus defensores) de tal poder ser usado para controlar o movimento dos veículos e das pessoas.
Resolvido o caso dos veículos, pouco faltará para que o passo seguinte seja colocar um "chip" nas pessoas, obviamente para sua protecção e segurança. Talvez a primeira ideia seja colocá-lo nas crianças, logo à nascença, com o argumento de que assim se evitarão os raptos nas maternidades, mas logo virão seguramente defender a extensão da medida ao resto da população.
Mas quem controla o quê? Quem vai ficar a monitorizar o movimento dos cães, dos carros? Não bastam já os certificados de vacina, os registos, os selos, as apólices, as cartas verdes, ou será necessário um mais fácil meio de controlar tudo e todos? Alerta, companheiros! É necessário estar prevenido para as notícias e campanhas que surgem durante o Verão, quando grande parte da população está mais distraída com dietas, praias, fatos de banho, bikinis reduzidos, transferências de futebolistas, viagens reais ou só em sonho....
Demasiados controlos, para o meu gosto. A nossa ilha taitiana não merece, nem precisa de tais modernices. Os "chips", ao contrário dos "ships" que traziam as garinas britânicas, não são bem-vindos!
Há semanas, a decisão foi colocar uns "chips" nos cães, para que os fiéis amigos do homem pudessem facilmente ser localizados, caso se perdessem ou caso fossem abandonados.
Como a ideia até colheu uns aplausos, aproveitou-se a época estival para dar mais um passo em frente: dotar os carros de uns "chips" (devem ser os mesmos, para aproveitar sinergias ou a globalização!) para verificar se têm seguro e se foram à inspecção. Mais aplausos, até do ACP (estou a pensar em desistir de sócio!), embora algumas vozes tenham alertado para o perigo (inexistente, claro, para o Governo, e seus defensores) de tal poder ser usado para controlar o movimento dos veículos e das pessoas.
Resolvido o caso dos veículos, pouco faltará para que o passo seguinte seja colocar um "chip" nas pessoas, obviamente para sua protecção e segurança. Talvez a primeira ideia seja colocá-lo nas crianças, logo à nascença, com o argumento de que assim se evitarão os raptos nas maternidades, mas logo virão seguramente defender a extensão da medida ao resto da população.
Mas quem controla o quê? Quem vai ficar a monitorizar o movimento dos cães, dos carros? Não bastam já os certificados de vacina, os registos, os selos, as apólices, as cartas verdes, ou será necessário um mais fácil meio de controlar tudo e todos? Alerta, companheiros! É necessário estar prevenido para as notícias e campanhas que surgem durante o Verão, quando grande parte da população está mais distraída com dietas, praias, fatos de banho, bikinis reduzidos, transferências de futebolistas, viagens reais ou só em sonho....
Demasiados controlos, para o meu gosto. A nossa ilha taitiana não merece, nem precisa de tais modernices. Os "chips", ao contrário dos "ships" que traziam as garinas britânicas, não são bem-vindos!
quarta-feira, 9 de julho de 2008
A Silly Season Taitiana
O Mário, demonstrando porque é o nosso organizador-mor, veio lembrar-nos a “Silly Season”. E, como é das boas práticas dos manuais, deu-nos, primeiro, a má notícia: em Agosto não há condições para o nosso almoço, só podemos salivar com saudades dos peixinhos da horta! E, depois, a boa notícia: ESTAMOS NAS FÉRIAAAAAAAS!
Para a maioria dos Portugueses, no seu direito adquirido constitucionalmente, a “Silly Season”, até pelo nome, significa “não me chateies que nos últimos meses já aturei o chefe” e “deixa-me estender na espreguiçadeira e faz-me cócegas na planta dos pés”.
Para os Taitianos também, mas não só! Nós, como o Mourinho, somos “special ones”!
Há uns anos, muitos Taitianos, na “Silly Season” da época, editaram um jornal, o Correio de Férias, que até teve direito a uma ou duas edições “Coloniais”, quando alguns de nós foram de “férias” para Angola, Moçambique, Timor, Guiné. Como não havia blogs nem e-mails, dava-se notícias de nós e dos nossos sítios de férias, mandando postais ilustrados e cartas e editava-se o tal jornal colectivo policopiado e clandestino.
E não é que foi um sucesso e o tal jornaleco tinha, entre os Taitianos, mais “share” – é assim que se diz, não é, Artur? – que o Diário de Notícias?
Pois é isto que é exigido hoje a um Taitiano que se preze: que dê notícias de si, que descreva o seu sítio de férias, que o fotografe e informe a malta. Através do nosso blog, obviamente. Vamos fazer o Correio de Férias cibernético, para mostrar que somos uns cotas evoluídos!
Francisco Costa Duarte
Para a maioria dos Portugueses, no seu direito adquirido constitucionalmente, a “Silly Season”, até pelo nome, significa “não me chateies que nos últimos meses já aturei o chefe” e “deixa-me estender na espreguiçadeira e faz-me cócegas na planta dos pés”.
Para os Taitianos também, mas não só! Nós, como o Mourinho, somos “special ones”!
Há uns anos, muitos Taitianos, na “Silly Season” da época, editaram um jornal, o Correio de Férias, que até teve direito a uma ou duas edições “Coloniais”, quando alguns de nós foram de “férias” para Angola, Moçambique, Timor, Guiné. Como não havia blogs nem e-mails, dava-se notícias de nós e dos nossos sítios de férias, mandando postais ilustrados e cartas e editava-se o tal jornal colectivo policopiado e clandestino.
E não é que foi um sucesso e o tal jornaleco tinha, entre os Taitianos, mais “share” – é assim que se diz, não é, Artur? – que o Diário de Notícias?
Pois é isto que é exigido hoje a um Taitiano que se preze: que dê notícias de si, que descreva o seu sítio de férias, que o fotografe e informe a malta. Através do nosso blog, obviamente. Vamos fazer o Correio de Férias cibernético, para mostrar que somos uns cotas evoluídos!
Francisco Costa Duarte
Etiquetas:
Férias; Almoços; Entre Copos
Bom dia, cara (s) e caro (s) amigos Taitianos.
Vem aí a "Silly Season". Vamos a banhos!
Isto quer dizer que corremos o risco de não ter "quorum" para uns "peixinhos da horta" no almoço de Agosto. Assim, vamos voltar a reunir apenas na 1ª sexta-feira de Setembro.
Na altura volto a lembrar-vos, e quero que estejam todos presentes - nada de "baldas", daquele bocado de bom e interessante convívio.
Até lá e um abraço do Mário.
Vem aí a "Silly Season". Vamos a banhos!
Isto quer dizer que corremos o risco de não ter "quorum" para uns "peixinhos da horta" no almoço de Agosto. Assim, vamos voltar a reunir apenas na 1ª sexta-feira de Setembro.
Na altura volto a lembrar-vos, e quero que estejam todos presentes - nada de "baldas", daquele bocado de bom e interessante convívio.
Até lá e um abraço do Mário.
sábado, 5 de julho de 2008
Manual de Instruções do Blog Taitiano
Lena,
Aí vai a "tecnologia" para escreveres os novos textos de que estamos todos à espera.
1 - Vais ao Blog, por exemplo clicando no endereço abaixo;
2 - Na página inicial, em cima à direita, aparece "Iniciar Sessão". Clicas aí e aparece outra página;
3 - Indicas o endereço do teu e-mail - que é gmail, logo reconhecido - e a respectiva password;
4 - escolhes "Nova Mansagem";
4 - Abrem-se as auto-estradas literárias para escreveres e
5 - clicas em "publicar";
Para escrever comentários a posts de outras pessoas, ou teus em resposta a comentários de outros,
1 - vais ao texto que pretendes;
2 - no fim do texto clicas em "comentários" - onde o computador conta os comentários respectivos já existentes;
3 - escreves, no local respectivo, o comentário;
4 - fazes o teste das letrinhas à direita, para o computador confirmar que não bebeste mais do que dois bagaços no fim da refeição;
5 - Indicas o endereço do teu e-mail - que é gmail, logo reconhecido - e a respectiva password ou escolhes "anónimo"; e
6 - clicas em "publicar";
Se nada disto resultar, chamas-me nabo e telefonas ao Mário, que é ele que percebe disto.
Isto tudo só é verdade para todos os Taitianos que tenham gmail, se a Lena não tiver de me chamar nabo e nesse caso telefonem ao Mário. Os outros podem fazer comentários como anónimos e, obviamente, abrir uma conta de gmail que é de graça.
Eu sei que os Taitianos são activos, irreverentes e autênticas forças da Natureza. Eu, por exemplo, sou um autêntico animal selvagem e identifico-me com a Preguiça da Amazónia. Portanto agora não há desculpas para não derramarem o vosso talento, recordações e opiniões. Ponham o blog nos Favoritos e ganhem o hábito de o consultarem diariamente ("já tômou seu Blogui hoje, todo o mundo vaii tomarr"!).
As novas tecnologias permitem-nos deixar a nossa pégada ecológica, social e cultural, para que os nossos tetra-netos possam dizer, com orgulho, "aqueles nossos antepassados eram uns nabos mas uns nabos adoráveis e com piada"!
Vou pôr este texto no blog para servir de Manual de Instruções aos Taitianos que ainda andam pela Diáspora. Procurem-nos!
Francisco Costa Duarte
http://realrepublicataitiana.blogspot.com/
Aí vai a "tecnologia" para escreveres os novos textos de que estamos todos à espera.
1 - Vais ao Blog, por exemplo clicando no endereço abaixo;
2 - Na página inicial, em cima à direita, aparece "Iniciar Sessão". Clicas aí e aparece outra página;
3 - Indicas o endereço do teu e-mail - que é gmail, logo reconhecido - e a respectiva password;
4 - escolhes "Nova Mansagem";
4 - Abrem-se as auto-estradas literárias para escreveres e
5 - clicas em "publicar";
Para escrever comentários a posts de outras pessoas, ou teus em resposta a comentários de outros,
1 - vais ao texto que pretendes;
2 - no fim do texto clicas em "comentários" - onde o computador conta os comentários respectivos já existentes;
3 - escreves, no local respectivo, o comentário;
4 - fazes o teste das letrinhas à direita, para o computador confirmar que não bebeste mais do que dois bagaços no fim da refeição;
5 - Indicas o endereço do teu e-mail - que é gmail, logo reconhecido - e a respectiva password ou escolhes "anónimo"; e
6 - clicas em "publicar";
Se nada disto resultar, chamas-me nabo e telefonas ao Mário, que é ele que percebe disto.
Isto tudo só é verdade para todos os Taitianos que tenham gmail, se a Lena não tiver de me chamar nabo e nesse caso telefonem ao Mário. Os outros podem fazer comentários como anónimos e, obviamente, abrir uma conta de gmail que é de graça.
Eu sei que os Taitianos são activos, irreverentes e autênticas forças da Natureza. Eu, por exemplo, sou um autêntico animal selvagem e identifico-me com a Preguiça da Amazónia. Portanto agora não há desculpas para não derramarem o vosso talento, recordações e opiniões. Ponham o blog nos Favoritos e ganhem o hábito de o consultarem diariamente ("já tômou seu Blogui hoje, todo o mundo vaii tomarr"!).
As novas tecnologias permitem-nos deixar a nossa pégada ecológica, social e cultural, para que os nossos tetra-netos possam dizer, com orgulho, "aqueles nossos antepassados eram uns nabos mas uns nabos adoráveis e com piada"!
Vou pôr este texto no blog para servir de Manual de Instruções aos Taitianos que ainda andam pela Diáspora. Procurem-nos!
Francisco Costa Duarte
http://realrepublicataitiana.blogspot.com/
sexta-feira, 4 de julho de 2008
"Estórias" à Arnaldo
Dando continuidade às “estórias” de taitianos “ilustres” (“ilustres” significa todos os taitianos, sub-grupos de taitianos, Silvas, Abílios, Bispos e Violantes, namorados/as de taitianos, rebentos e afins – segundo as últimas estatísticas de Bruxelas, entre 150 a 250 caramelos), venho hoje com uma “estória” com o Arnaldo.
Como nota introdutória, peço-vos que façam o favor de me travar, com a vossa avisada crítica, nas “estórias” com aquele gajo: é que no pré-alinhamento das minhas memórias – 9 volumes de 500 páginas – este gajo ocupa, pelo menos, 2 volumes e meio e o meu editor já me avisou que, ou ele chega a 1º Ministro – o que eu acho altamente improvável – ou tenho de fazer cortes para não destruir o equilíbrio editorial e de Marketing.
Acontece que num ano já longínquo, eu e família tínhamos uma semana e meia de férias no início de Setembro e resolvemos ir até Vila Nova de Milfontes. O Arnaldo logo se juntou: “porra, só tenho férias na semana seguinte à vossa, mas também me apetece praia”!
Vai daí, arrancámos numa sexta-feira e, em plena noite, em Sines, vemos que o paquete Infante D. Henrique, que então servia de hotel, estava à nossa esquerda em vez de estar à nossa direita! Quem vai para Sul, em Portugal, tem sempre o mar à direita, porra! O que representava que o piloto, o Arnaldo, e o navegador, eu, estavam a andar para Lisboa outra vez. Se o Vasco da Gama fosse tão desorientado, tinha descoberto Cuba e o Fidel de Castro, em vez da Índia. Hoje teríamos descontos nos resorts das Caraíbas, vejam lá os acidentes da História.
Corrigida a situação lá acampámos em Vila Nova de Milfontes e tivemos um excelente dia de praia no Sábado. No dia seguinte, domingo, resolvemos ir até Lagos! 30 km depois de sairmos o piloto Arnaldo, na sua Limusine Renault 4, disse, dramaticamente, que se esquecera dos documentos do carro, da carta, etc. mas que não havia problema, porque se aparecesse a GNR, entregávamos o meu filhote Hugo, então com 3 ou 4 anos, como garantia! Quem não achou piada, com razão, foi o Hugo que, em grande tensão, perguntava, constantemente, se a GNR ía aparecer. Por isso é que estou a ponderar, seriamente, não pagar ao Arnaldo o almoço que lhe devo para pagar ao Hugo os danos morais sofridos.
O Arnaldo voltou para Lisboa – deixando-nos gozar uma calma semana de praia – e voltou no Sábado seguinte para uma bela manhã que era suposto prolongar-se pelos 4 dias seguintes. Mas, pela 11 horas, diz-me, com ar inocente, que tinha de voltar a Lisboa. E lá voltámos, almoçando, de caminho, um bom peixinho em S.Torpes. Às 6 da tarde apanhou o comboio para França, para ir para as vindimas de Bordéus.
Li, depois, que esse ano tinha sido a pior colheita de Bordéus dos últimos anos e ainda hoje penso que houve mãozinha do Arnaldo nisso. Aliás confirmado com o partir de uma garrafa (a garrafa deve ter-se recusado a acompanhar o personagem) na sua mochila que lhe lixou a roupa toda. (Posso garantir a veracidade mas não posso garantir se foi na mesma altura mas depois de Einstein, o tempo e o espaço são relativos e não têm, assim tanta importância para a “estória”).
Moral da “estória”: OS TAITIANOS,
- JUNTAMENTE COM O MANUEL ALEGRE E O SOUSA TAVARES, SÃO OS ULTIMOS REPRESENTANTES DOS HERÓICOS NAVEGADORES PORTUGUESES DE ANTANHO POR AINDA SABEREM ONDE FICA O SUL, O EQUADOR E OS RESORTS DA REPUBLICA DOMINICANA; E
- NÃO POR CONVICÇÃO (DEUS NOS LIVRE) MAS POR SOLIDARIEDADE COM OS RESTANTES PORTUGUESES, AJUDAM, HUMILDE, ORGULHOSAMENTE E CONTRA VONTADE, A BAIXAR AS ESTATÍSTICAS DA UNIÃO EUROPEIA.
Um abraço do
Francisco Costa Duarte
Como nota introdutória, peço-vos que façam o favor de me travar, com a vossa avisada crítica, nas “estórias” com aquele gajo: é que no pré-alinhamento das minhas memórias – 9 volumes de 500 páginas – este gajo ocupa, pelo menos, 2 volumes e meio e o meu editor já me avisou que, ou ele chega a 1º Ministro – o que eu acho altamente improvável – ou tenho de fazer cortes para não destruir o equilíbrio editorial e de Marketing.
Acontece que num ano já longínquo, eu e família tínhamos uma semana e meia de férias no início de Setembro e resolvemos ir até Vila Nova de Milfontes. O Arnaldo logo se juntou: “porra, só tenho férias na semana seguinte à vossa, mas também me apetece praia”!
Vai daí, arrancámos numa sexta-feira e, em plena noite, em Sines, vemos que o paquete Infante D. Henrique, que então servia de hotel, estava à nossa esquerda em vez de estar à nossa direita! Quem vai para Sul, em Portugal, tem sempre o mar à direita, porra! O que representava que o piloto, o Arnaldo, e o navegador, eu, estavam a andar para Lisboa outra vez. Se o Vasco da Gama fosse tão desorientado, tinha descoberto Cuba e o Fidel de Castro, em vez da Índia. Hoje teríamos descontos nos resorts das Caraíbas, vejam lá os acidentes da História.
Corrigida a situação lá acampámos em Vila Nova de Milfontes e tivemos um excelente dia de praia no Sábado. No dia seguinte, domingo, resolvemos ir até Lagos! 30 km depois de sairmos o piloto Arnaldo, na sua Limusine Renault 4, disse, dramaticamente, que se esquecera dos documentos do carro, da carta, etc. mas que não havia problema, porque se aparecesse a GNR, entregávamos o meu filhote Hugo, então com 3 ou 4 anos, como garantia! Quem não achou piada, com razão, foi o Hugo que, em grande tensão, perguntava, constantemente, se a GNR ía aparecer. Por isso é que estou a ponderar, seriamente, não pagar ao Arnaldo o almoço que lhe devo para pagar ao Hugo os danos morais sofridos.
O Arnaldo voltou para Lisboa – deixando-nos gozar uma calma semana de praia – e voltou no Sábado seguinte para uma bela manhã que era suposto prolongar-se pelos 4 dias seguintes. Mas, pela 11 horas, diz-me, com ar inocente, que tinha de voltar a Lisboa. E lá voltámos, almoçando, de caminho, um bom peixinho em S.Torpes. Às 6 da tarde apanhou o comboio para França, para ir para as vindimas de Bordéus.
Li, depois, que esse ano tinha sido a pior colheita de Bordéus dos últimos anos e ainda hoje penso que houve mãozinha do Arnaldo nisso. Aliás confirmado com o partir de uma garrafa (a garrafa deve ter-se recusado a acompanhar o personagem) na sua mochila que lhe lixou a roupa toda. (Posso garantir a veracidade mas não posso garantir se foi na mesma altura mas depois de Einstein, o tempo e o espaço são relativos e não têm, assim tanta importância para a “estória”).
Moral da “estória”: OS TAITIANOS,
- JUNTAMENTE COM O MANUEL ALEGRE E O SOUSA TAVARES, SÃO OS ULTIMOS REPRESENTANTES DOS HERÓICOS NAVEGADORES PORTUGUESES DE ANTANHO POR AINDA SABEREM ONDE FICA O SUL, O EQUADOR E OS RESORTS DA REPUBLICA DOMINICANA; E
- NÃO POR CONVICÇÃO (DEUS NOS LIVRE) MAS POR SOLIDARIEDADE COM OS RESTANTES PORTUGUESES, AJUDAM, HUMILDE, ORGULHOSAMENTE E CONTRA VONTADE, A BAIXAR AS ESTATÍSTICAS DA UNIÃO EUROPEIA.
Um abraço do
Francisco Costa Duarte
quinta-feira, 3 de julho de 2008
Estórias de taitianos
Por razões várias, não tenho visto o nosso blog da Real Republica Taitiana. E vejo que não é actualizado desde 11 de Junho, quando o Mário (Chico, diz ele! vou cobrar-lhe uma bejeca a título de royalties!). E do que ele se foi lembrar: do Zé Maria, pachachinhas, cozinheira Violante. Entrou directamente na pornografia!
Eu começo de modo mais conservador. É que a pátria da Real Republica Taitiana, digo eu, é a Taiti do Largo do Calvário e não a Língua, como dizem alguns intelectuais que andam por aí. Isso, hoje, tem entendimentos fracturantes. Na nossa Real Republica acho que é cada um por si e vai em frente. Não somos fundamentalistas!
Vou inaugurar uma secção de “estórias” dos Taitianos, com a devida actualização para os tempos actuais. A primeira que me lembro é a seguinte:
Os Taitianos sempre foram um grupo aberto, adepto da descentralização e com um enorme número de sub-grupos ad-hoc. Lembro-me que um desses sub-grupos, para aí em 1968 ou 69, resolveu ir, colectivamente, ver a última novidade dos, então, últimos 40 anos, que era a exibição do filme “Helga”, sobre a maternidade e o parto e para maiores de 21 anos, que a censura não brincava em serviço.
Eu, confesso que estava “à rasca” com os meus 19 anos e vai daí, atrelei à Benilde, bonita, alta e já com idade para aquelas coisas, o meu 1,83 m e passámos sem problemas pelos porteiros por parecermos um casal à espera do 3º filho. O namorado da Benilde, o Zé, com idade para ter juízo mas meia-leca, ciumento e já lixado comigo por lhe ter roubado a namorada, ainda teve de sofrer a humilhação de justificar com o B.I. que tinha idade para aquelas coisas.
O mais engraçado é que a Lena, que também já tinha idade para aquilo e muito mais, gozou que nem uma preta (é força de expressão porque da Lena não posso dizer que gozou como uma loira) com o porteiro: mostrando muito embaraço e demorando meia-hora a descobrir onde tinha o B.I. na mala! Só não foi presa pela PIDE porque até os fascistas compreendiam que uma jovem mulher tem uma mala mais difícil de explorar que a Pirâmide de Keops!
Claro que o filme “Helga” era uma chachada para meninos do 9º ano na Alemanha e para nós, alguns dos quais já formados no Curso Superior de Pornografia em Super8, já não estava ajustado nem para os Visigodos!
Moral da “estória”: JÁ NESSE TEMPO ESTE PAÍS NÃO ESTAVA À ALTURA DOS TAITIANOS!
Entretanto tudo evoluiu e se virmos hoje, há algumas actualizações a fazer: se tivermos mais do que 17 anos e meio (acho que todos temos) é bom estarmos preparados para justificar que:
- já não somos virgens;
- estamos informados sobre a protecção contra doenças venéreas na moda, com declaração do médico de família (em caso de necessidade temos o Vino);
- aguentamos, pelo menos, 3 “shots” e 4 superbocks; donde se conclui que
ESTE PAÍS CONTINUA A NÃO ESTAR À ALTURA DOS TAITIANOS!
Francisco Costa Duarte
Eu começo de modo mais conservador. É que a pátria da Real Republica Taitiana, digo eu, é a Taiti do Largo do Calvário e não a Língua, como dizem alguns intelectuais que andam por aí. Isso, hoje, tem entendimentos fracturantes. Na nossa Real Republica acho que é cada um por si e vai em frente. Não somos fundamentalistas!
Vou inaugurar uma secção de “estórias” dos Taitianos, com a devida actualização para os tempos actuais. A primeira que me lembro é a seguinte:
Os Taitianos sempre foram um grupo aberto, adepto da descentralização e com um enorme número de sub-grupos ad-hoc. Lembro-me que um desses sub-grupos, para aí em 1968 ou 69, resolveu ir, colectivamente, ver a última novidade dos, então, últimos 40 anos, que era a exibição do filme “Helga”, sobre a maternidade e o parto e para maiores de 21 anos, que a censura não brincava em serviço.
Eu, confesso que estava “à rasca” com os meus 19 anos e vai daí, atrelei à Benilde, bonita, alta e já com idade para aquelas coisas, o meu 1,83 m e passámos sem problemas pelos porteiros por parecermos um casal à espera do 3º filho. O namorado da Benilde, o Zé, com idade para ter juízo mas meia-leca, ciumento e já lixado comigo por lhe ter roubado a namorada, ainda teve de sofrer a humilhação de justificar com o B.I. que tinha idade para aquelas coisas.
O mais engraçado é que a Lena, que também já tinha idade para aquilo e muito mais, gozou que nem uma preta (é força de expressão porque da Lena não posso dizer que gozou como uma loira) com o porteiro: mostrando muito embaraço e demorando meia-hora a descobrir onde tinha o B.I. na mala! Só não foi presa pela PIDE porque até os fascistas compreendiam que uma jovem mulher tem uma mala mais difícil de explorar que a Pirâmide de Keops!
Claro que o filme “Helga” era uma chachada para meninos do 9º ano na Alemanha e para nós, alguns dos quais já formados no Curso Superior de Pornografia em Super8, já não estava ajustado nem para os Visigodos!
Moral da “estória”: JÁ NESSE TEMPO ESTE PAÍS NÃO ESTAVA À ALTURA DOS TAITIANOS!
Entretanto tudo evoluiu e se virmos hoje, há algumas actualizações a fazer: se tivermos mais do que 17 anos e meio (acho que todos temos) é bom estarmos preparados para justificar que:
- já não somos virgens;
- estamos informados sobre a protecção contra doenças venéreas na moda, com declaração do médico de família (em caso de necessidade temos o Vino);
- aguentamos, pelo menos, 3 “shots” e 4 superbocks; donde se conclui que
ESTE PAÍS CONTINUA A NÃO ESTAR À ALTURA DOS TAITIANOS!
Francisco Costa Duarte
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