quinta-feira, 3 de julho de 2008

Estórias de taitianos

Por razões várias, não tenho visto o nosso blog da Real Republica Taitiana. E vejo que não é actualizado desde 11 de Junho, quando o Mário (Chico, diz ele! vou cobrar-lhe uma bejeca a título de royalties!). E do que ele se foi lembrar: do Zé Maria, pachachinhas, cozinheira Violante. Entrou directamente na pornografia!

Eu começo de modo mais conservador. É que a pátria da Real Republica Taitiana, digo eu, é a Taiti do Largo do Calvário e não a Língua, como dizem alguns intelectuais que andam por aí. Isso, hoje, tem entendimentos fracturantes. Na nossa Real Republica acho que é cada um por si e vai em frente. Não somos fundamentalistas!

Vou inaugurar uma secção de “estórias” dos Taitianos, com a devida actualização para os tempos actuais. A primeira que me lembro é a seguinte:

Os Taitianos sempre foram um grupo aberto, adepto da descentralização e com um enorme número de sub-grupos ad-hoc. Lembro-me que um desses sub-grupos, para aí em 1968 ou 69, resolveu ir, colectivamente, ver a última novidade dos, então, últimos 40 anos, que era a exibição do filme “Helga”, sobre a maternidade e o parto e para maiores de 21 anos, que a censura não brincava em serviço.

Eu, confesso que estava “à rasca” com os meus 19 anos e vai daí, atrelei à Benilde, bonita, alta e já com idade para aquelas coisas, o meu 1,83 m e passámos sem problemas pelos porteiros por parecermos um casal à espera do 3º filho. O namorado da Benilde, o Zé, com idade para ter juízo mas meia-leca, ciumento e já lixado comigo por lhe ter roubado a namorada, ainda teve de sofrer a humilhação de justificar com o B.I. que tinha idade para aquelas coisas.

O mais engraçado é que a Lena, que também já tinha idade para aquilo e muito mais, gozou que nem uma preta (é força de expressão porque da Lena não posso dizer que gozou como uma loira) com o porteiro: mostrando muito embaraço e demorando meia-hora a descobrir onde tinha o B.I. na mala! Só não foi presa pela PIDE porque até os fascistas compreendiam que uma jovem mulher tem uma mala mais difícil de explorar que a Pirâmide de Keops!

Claro que o filme “Helga” era uma chachada para meninos do 9º ano na Alemanha e para nós, alguns dos quais já formados no Curso Superior de Pornografia em Super8, já não estava ajustado nem para os Visigodos!

Moral da “estória”: JÁ NESSE TEMPO ESTE PAÍS NÃO ESTAVA À ALTURA DOS TAITIANOS!

Entretanto tudo evoluiu e se virmos hoje, há algumas actualizações a fazer: se tivermos mais do que 17 anos e meio (acho que todos temos) é bom estarmos preparados para justificar que:
- já não somos virgens;
- estamos informados sobre a protecção contra doenças venéreas na moda, com declaração do médico de família (em caso de necessidade temos o Vino);
- aguentamos, pelo menos, 3 “shots” e 4 superbocks; donde se conclui que

ESTE PAÍS CONTINUA A NÃO ESTAR À ALTURA DOS TAITIANOS!
Francisco Costa Duarte

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