Amigos,
Acredito que alguns de vós levem um pouco em conta (??, eterna dúvida) as minhas humildes opiniões sobre a realidade que nos cerca. Não posso desiludir-vos e aqui estou.
A realidade que hoje nos cerca é o caso Freeport e o suposto (dizem os jornais) suspeito de corrupção José Sócrates. Mas, ai, Jesus, não quero ir por aí! Não há provas contra José Sócrates e eu aprendi, em Direito, há muitos anos, que toda a gente é inocente até se provar que o não é. Claro que José Sócrates também tem de provar que é uma cabala política contra ele, que a Justiça, é suposto, é para todos.
Até porque, nestas situações, misturamos tudo, a parte pessoal com a parte política, a responsabilidade ética com a parte legal e tendemos a ser levados por razões emocionais: quem não gosta da figura, esta ou outra, por razões pessoais, acha que “ele” devia ser preso e quem pensa que a figura, esta ou outra, é o salvador da Pátria acha que “ele” devia ser entronizado como herói. Eu assumo que não gosto do “carapau corridismo” e do “convencimento da verdade no bolso” do nosso 1º ministro mas também acho que Sócrates é o pior 1º Ministro dos últimos anos com excepção de todos os outros. Eu, até ver, trato o assunto com pinças.
Dir-me-ão: há coisas estranhas. Efectivamente, há coisas estranhas! Azar meu, a burocracia nunca decide rapidamente nos meus pequeníssimos interesses, como agora parece que aconteceu! Mas tenho tantas informações que me dizem que aconteceu em tantos governos em fim de mandato: vejam os Diários da Republica publicados em diversos Fevereiros com Decretos-Lei com data de Dezembro, em muitos governos anteriores. Se fosse ilegal as prisões estavam cheias. Acontece que o "legal" nem sempre é o correcto!
Na minha família, pequena burguesia remediada de Lisboa, daquelas dos filmes do Vasco Santana e António Silva, quando a província era dos pobres agricultores que morriam de fome, não consegui descobrir um tio promotor com uma excelente moradia em Cascais. E mesmo que tivesse um tio desses, garanto-vos que não faria tráfico de influências porque, estúpido que eu sou, não saberia, nem sei, como se faz. Nem, com o meu bom ordenado, consegui um andar nas zonas nobres de Lisboa ou um carro de topo de gama, como é público que aconteceu com muitas figuras. E estou aberto a que, portugueses ou ingleses, vejam as minhas contas bancárias para verem como estou falido, como muitos portugueses, na esperança que me nacionalizem ou me ajudem, como ao BPN ou BPP. Nada disto, porém, me leva a acusar alguém! Quanto muito, acuso-me a mim próprio por não saber como é estar à mesa do Orçamento.
Por tudo isto me parecer um pântano (Guterrez dixit), deixo para a Justiça a questão Freeport e aconselho-vos a não entrarem nela, crucificando pessoas quando não há públicas provas, por muito estranho que tudo pareça. E a não confundirem ética, honestidade e verdade, que é suposto serem “puras”, com política, que se diz, “vox populi” ser “suja”. “Em política o que parece é” (Salazar) e não me obriguem a ir à procura de citações de Maquiavel. A escolha e o discernir situações é convosco.
Daí que me apeteça, hoje, para não me meter em alhadas e em nome da Cultura e do Conhecimento, que subsistirão depois destes pequenos incidentes históricos, falar-vos da língua portuguesa. Para minha e vossa sanidade mental. Dá para ver que não tem qualquer ligação com a realidade que nos cerca!
Vamos, pois, à língua portuguesa!
Definições (Dicionário Internet Priberam):
Corrupção: do Latim Corruptione: acto ou efeito de corromper; podridão; decomposição; putrefacção; figurativo: devassidão; adulteração; suborno; prevaricação.
Corruptela: do Latim corruptela: aquilo que corrompe ou é corrompido; palavra ou locução erradamente escrita ou pronunciada.
Conivente: do Latim connivente: cúmplice; culpado; conluiado; mancomunado; que finge não ver ou não perceber o mal que outrem pratica.
Economia: do Latim oeconomia < Gr. oikonomía, governo de casa: ciência que tem por objecto o conhecimento dos fenómenos respeitantes à produção, distribuição e consumo de bens e serviços de uma sociedade; actividade, vida, sistema económico; modo de administrar ou governar, gastando pouco; parcimónia no gastar; harmonia existente entre as várias funções de um organismo vivo; figurativo: sobriedade; parcimónia, moderação; (no plural.) dinheiro poupado. Dirigida: política económica e financeira na qual o Estado assume o controle dos mecanismos económicos, de um modo provisório, conservando os quadros do sistema e da sociedade capitalista; economias de escala: redução do custo unitário de um produto, provocada por um aumento do volume de produção ou da dimensão da própria empresa; de mercado: sistema económico que incentiva a detenção privada dos meios de produção e que se organiza pelos mecanismos que regem a oferta e a procura e o sistema de preços; planificada: sistema económico no qual a utilização dos recursos é planeada e controlada pelo Estado; política: ciência que trata da produção, circulação, distribuição, aproveitamento e consumo das riquezas; rural: ciência que trata do melhor aproveitamento do solo;
E mais não digo senão que, nos tempos actuais, os dicionários precisam de actualização urgente: já não se fala por exemplo, de Economia apenas mas também de Economia Real (a que produz). Há que distinguir os que a promovem. Os outros são os que promovem a crise:
Crise: do Latim crise < Gr. Krísis alteração para melhor ou para pior no curso de uma doença; ataque, acometimento, acidente; momento perigoso ou decisivo de um negócio; perturbação que altera o curso ordinário das coisas; situação de um governo que encontra dificuldades muito graves em se manter no poder; moral: luta interior entre dois sentimentos; ministerial: espaço de tempo entre a queda de um ministério e a constituição de outro que lhe sucede;
Espero que vos seja útil.
Um abraço do
Francisco Costa Duarte
segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009
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